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29 de maio de 2010

Serra com a força do povo?

Se José Serra tem mesmo a intenção de ganhar as eleições deste ano, é bom que se apresse em mudar suas posturas, buscando mostrar um outro Serra.


Peguemos o caso peculiar do "ainda-presidente" Luiz Inácio Lula da Silva. Antes das eleições de 2002, ele confessou que, só disputaria mais uma eleição se fosse pra ganhar, caso contrário nem entraria na peleja.

Aviso dado, marqueteiros e estrategistas de plantão do Partido dos Trabalhadores - trabalhadores? - trataram de criar um novo Lula. Só um outro Lula ganharia as eleições. Pois bem, o tetracandidato aparou a barba, vestiu terninho e gravata, tingiu o cabelo, abrandou seus discursos, colocou seu uniforme vermelho e camisa com Guevara estampado num baú empoeirado e voilá: Lula nova geração!

Ele mudou pelo poder.
Ele mudou para ter e ser o poder.

O new generation fez questão de esquecer-se de tudo o que tinha falado e, inclusive, escrito e defendido, como a moral e a ética. Tudo pra subir a tão sonhada rampa do Palácio do Planalto.

Lula-lá!

O operário, esquerdista, dono da verdade e defensor da ética, sumiu! Lula New Generation uniu-se a empresários, escreveu uma tal carta ao povo brasileiro para acalmar os ânimos interno e externo, acarinhou o Mercado e falou manso nos palanques. E aí está ele, nosso "ainda-presidente" Lula, tentando fazer Dilma Rousseff sua sucessora.

José Serra precisa estudar mais a biografia de Lula; necessita, urgentemente, mudar e se espelhar no "Lulinha Paz e Amor" de 2002, senão perderá sua última oportunidade de tronar-se presidente. Tronar-se, mesmo, não errei. Foi proposital!

Tenho notado algumas mudanças em sua postura, Serra. Por exemplo, percebi que tem andado mais com as mangas da camisa arregassadas, falado numa linguagem mais popular, metafórica e figurativa, gritado mais ao palanque em seus discursos, criticado mais enfaticamente seus oponentes, causado mais escândalos diplomáticos...

Está certo! Ou melhor, você está no caminho certo. O caminho de se assemelhar, cada vez MAIS aos trejeitos lulísticos. Quem sabe se, ao se travestir de populista, com jingles à la Lula "Serra com a força do Povo", consigamos ver o Serra-Lá?

Mude! Tome um banho de rua.
Seja a surpresa das eleições 2010 e não freguês do PT.

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24 de novembro de 2010

Os 'três porquinhos' artilheiros

Leia, abaixo, o depoimento do ministro do Tribunal Superior Eleitoral - TSE, Ricardo Lewandoski concedido à revista Carta Capital, meses antes das eleições 2010. Ao final desse post, conclua o que há muito você já deve ter constatado: nossos políticos continuam a jogar sujo quando estão em campanha eleitoral.

"O jogo de futebol mais bonito é aquele em que o juiz menos intervém, em que o jogo fica por conta dos jogadores. No processo eleitoral é assim também. As eleições ficam mais bonitas quanto menor for a intervenção da Justiça Eleitoral. Mas o TSE está atento para marcar os pênaltis e os impedimentos".

Agora, acompanhe o resultado final da campanha dos "foras da lei". Veja a sujeirada dos três porquinhos.

Lula, Dilma e Serra devem 114,5 mil reais à Justiça Eleitoral.
Dilma Rousseff deve 37 mil; José Serra, 30 mil e o "ainda-presidente" Lula, 47,5 mil reais.

A maior parte dessas multas é em decorrência de propaganda eleitoral antecipada e o Lula é o único multado por atividade de campanha em eventos do governo federal.

Se o TSE decidir pelo pagamento das multas, os 3 terão o prazo de 30 dias para quitá-las.

Eu lhe pergunto:
Quem pode ser considerado o artilheiro dos artilheiros, dentre os porquinhos em destaque? O Lula, claro!

O revoltante de tudo isso é saber que essa não será a última vez que a tal porquice deixará de pautar uma campanha eleitoral. 2012 está aí, prepare-se!

Que belo jogo, não?

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10 de junho de 2010

"Pão & Circo" e Eleições.

Hoje, abertura da Copa do Mundo; amanhã, Eleições 2010. Invertemos o provérbio: "primeiro a devoção, depois a obrigação."

Eleição, por incrível que possa parecer, é um fardo para mais da metade da população brasileira. Literalmente, eleição é sinônimo de obrigação.

O voto AINDA é obrigatório e, muito provavelmente, continuará a ser. Ou seja, uma afronta à inteligência dos eleitores deste país.

O voto tem de ser livre, bem como manda o figurino democrático e precisa ser pra nós, devoto, como torcer pela seleção brasileira. Para muitos, aqui no Brasil, votar é adotar cara amarrada, pegar o título de eleitor - quando o encontram - e sair fazendo burradas diante da urna eletrônica.

NINGUÉM está interessado no real significado de se eleger um bom representante.

NINGUÉM está interessado em saber quem é o alguém que permitiremos chegar lá no Palácio.

Escolher nossos representantes - sim, eleição é isso, caro leitor. - não deveria ser um fardo, mas sim, uma ação cidadã prazerosa. Afinal, é do nosso país, o pentacampeão mundial de futebol, que estamos tratando.

"Brasil de amor eterno - ao futebol - seja símbolo!" É isso que nos importa. O que seria de nós, pobres eleitores, sem o "circo", não é? Estamos satisfeitos com o pão que nos é, humilhantemente, concedido. Então, batamos palmas ao circo.

Vamos reflitir sobre a nossa tal obrigatoriedade, para que façamos a diferença em outubro.

Torçamos pelo Brasil no pós-Copa, também!

ACORDA BRASIL!

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1 de abril de 2010

Mais uma campanha eleitoral: em quem acreditar?

Prepare-se: vai começar mais uma campanha eleitoral!

Os presidenciáveis, "governadoráveis" e "senadoráveis" já estão livres, leves e soltos de seus cargos oficiais e começam o primeiro e grande passo: concorrer às eleições 2010.

O governador de São Paulo, JOSÉ SERRA e a Ministra da Casa Civil, DILMA ROUSSEFF, já estão fora de seus cargos! Amanhã, todos viverão do ócio! E será do ócio que nascerão os belos e maquiados discursos; as investigações sobre o principal oponente para se descobrir seus pontos-fracos; estratégias maquiavélicas; dossiês anti-isso-anti-aquilo; denúncias, (mais) ações no Tribunal Regional Eleitoral contra um determinado candidato - ou até mesmo contra o próprio presidente-propaganda; caminhadas inocentes e sem pretensões pelas principais ruas e avenidas de uma dada capital e conglomerados humanos; twittadas pra lá, twittadas pra cá; fortalecimento de alianças, escolha dos vices e por aí vai.

Afinal, "ócios do ofício".


Para nós, pobres (e necessários) eleitores, nos fica a missão nauseante (e necessária) de escolher os candidatos ficha limpa (desculpe, Maluf, mas você não entra nessa categoria.) para nos representar.

REPRESENTAR! Parece até piada, não é mesmo? Mas o que quero trazer aqui, para discussão, é a seguinte questão: em quem acreditar?

Muito em breve seremos bombardeados com vários números, pesquisas e dados (des)informativos acerca de obras faraônicas aqui, outras acolá, índices de crescimento, avanços num governo e retração noutro, contudo, não conseguiremos discernir e confiar em tudo o que for veiculado e propagandeado. Nós não vamos ter sequer TEMPO e, principalmente, ESTÔMAGO para digerir o amontoado de dados que serão vomitados nas propagandas e debates políticos.

Repito: em quem acreditar?

Em debates é muito comum lançarem números estrambólicos sobre o que um fez e o que o outro deixou de fazer: "no meu governo, 10.592 famílias saíram da linha da miséria. Há 08 anos, 50.297 famílias entravam na categoria citada." Em contrapartida, vem o adversário e contesta a afirmação, distorcendo os dados e jogando mais 14.254 números.

Tenho certeza de que disso se beneficiam os nossos aclamados candidatos. Beneficiam-se não ao ponto de estufarem o peito discursando a "numerologia" dos fatos, mas da falta de paciência do povão de averiguar a veracidade, que é plenamente justificada e compreensível, haja vista a vergonhosa corja de políticos que temos em nosso país. Deveria ser exatamente por esse motivo que teríamos de buscar a verdade dos fatos, pois "a política é muito importante para ser deixada nas mãos (apenas) dos políticos".

Prepare-se: vai começar mais uma campanha!


Aceita um DRAMIN, aí?






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31 de março de 2018

"Me dê motivo(s)..."

Para que eu possa mudar de opinião, de escolhas, de votos, sobretudo alterar meu voto em um candidato(a) à Presidência da República, de Marina Silva (REDE) para Jair Bolsonaro (PSL), sempre digo que preciso, primeiramente, analisar argumentos e ideias prós e contras à candidata e ao candidato. E é o que tenho feito, incansavelmente, ao longo dos meses, participando de debates – um tanto quanto acalorados – nas redes sociais e entre amigos mais próximos, mas que, até o momento, só têm reforçado minha opinião em favor à Marina. Nunca há um fator determinante vindo de um seguidor do Bolsonaro, que me faça sequer me imaginar falando bem desse candidato. Mas continuo aberto e esperançoso em receber bons argumentos para que possa, ao menos, cogitar votar no “mito”, o tal defensor da moral e dos bons costumes, da família brasileira, nosso Salvador da Pátria.

Bolsonaro é um político tradicional, da velha-guarda e representa atraso ao País. Ou melhor, mais atraso ao Brasil. Ele não tem nada a ver com o perfil do eleitorado brasileiro. Esse aprendiz de ditador, fake-Trump, Putin-De-Meia-Tigela e Marine-Le-Pen-De-Quinta-Categoria, ficará em terceiro, quarto lugar no primeiro turno das eleições presidenciais. Acho que ele deveria ter se candidatado à Câmara dos Deputados, mais uma vez, para se manter na política e continuar se alimentando das generosas tetas governamentais, como vem fazendo há três décadas. Agora, sinto ter de anunciar aos bolsominions, mas é melhor Jair se despedindo do “mico”.

Quando comento tudo isso nas redes sociais, sou atacado, ferozmente, de forma deselegante e pouco polida, por seus seguidores, que não conseguem debater civilizadamente, desrespeitando à Gramática Normativa da Língua Portuguesa. É um caos, porém, digno de risos. Tragicômico! É surreal ler e reler as réplicas e tréplicas do bolsominions e isso me motiva a continuar com minha candidata, Marina Silva, que é a antítese de Bolsonaro; tem postura, discurso e ideias de Chefe de Estado; abraça e agrega a todos, no sentido mais amplo de governar para todos, sem exceção; respeita as opiniões divergentes e a história do próprio País; tem controle sobre seus próprios atos e palavras; age civilizadamente; é e serve de exemplo. Ou seja, tudo o que o aprendiz de ditador não é, não tem nem nunca será ou terá.

O que Bolsonaro fez em 30 anos como político? E o principal: o que deixa como legado à Nação, ao povo do Rio de Janeiro? Veja como está o aquele estado, minha gente! É por isso que eu digo que ele é, por si só, um atraso para o Brasil. Sempre foi! Nada fez, nada fará e pode fazer com que retrocedamos ainda mais, caso ideias como a pena de morte, porte de armas, “minorias se curvando à maioria” e seu pouco apreço aos Direitos Humanos vinguem em um cada vez mais improvável mandato presidencial. Por que mesmo eu deveria votar em Bolsonaro? Ninguém, até o momento, conseguiu me responder. Por isso, continuo com Marina Silva

Muitos dizem que ela é fraquinha, mas como explicar sua fraqueza, diante de um cenário em que ela aparece empatada com Bolsonaro, no segundo lugar das pesquisas, e será a única a vencê-lo num segundo turno? Além disso, ela amealhou mais de 40 milhões de votos, nas duas últimas eleições que concorreu (2010 e 2014. Fraca ela não é.

Uns dirão: ah, mas ela sempre desaparece e ressurge em período eleitoral, a cada quatro anos. Está sumida! Sim, está sumida das páginas policiais. Sempre esteve! Contudo, sempre se posicionou sobre todos os principais assuntos do País, tendo declarado apoio à Lava Jato, à cassação da chapa Dilma-Temer, entre outros tantos assuntos de interesse à Nação. Sem contar que, de tão fraquinha que é, constantemente tem sido reconhecida internacionalmente por sua postura frente à sustentabilidade, meio ambiente e aquecimento global, assuntos caros ao mundo. Aliás, o mundo inteiro conhece a liderança de Marina, menos os brasileiros alienados, que lambem botas do aprendiz de ditador, que sonham com a volta da vergonhosa Ditadura Militar.

Vamos pesquisar um pouco mais acerca dos demais candidatos e sair da(o) bolha Bolsonaro, que hipnotiza seus militantes de cabresto, os quais acreditam no conto do vigário.

Quem defende e aposta em Bolsonaro, acha mesmo que ele fará 10% do que está pregando, sendo que tem pouquíssimo apoio político? Acha mesmo que esse tal candidato, que não conseguiu sequer aprovar um projeto na Câmara, conseguirá dialogar com o Congresso, que ele tanto desprezou? Das duas, uma: fará nada, ou fechará o Congresso, dando as costas à Democracia, tornando-se um verdadeiro ditador.

Marina Silva, diferentemente dos demais, e, sobretudo, do Bolsonaro, debate ideiais, não entra em embates regados à violência verbal, no destempero. Eis a postura de um estadista merecedor da cadeira presidencial. Quem minimiza Marina é porque não a conhece, de fato. Qual o seu legado? Reduziu o desmatamento na Amazônia quando Ministra do Meio Ambiente; brigou com grileiros e posseiros de terra; foi contra a corrupção nos governos petistas, tendo embates com Dilma Rousseff; reduziu o próprio salário quando senadora pelo Acre, aliás, a mais jovem eleita, na época. E o Bolso? NADA!

Marina discursou na COP-23; teve, no evento, uma reunião bilateral com o presidente da França, Emanuel Macron. Muita gente séria na política – e política de verdade, não a que o “mito” faz – conhece, reconhece e aplaude a candidata. Sabe por quê? Porque um Chefe de Estado, de verdade, precisa dialogar com o mundo, coisa que me parece não ser do feitio de Bolsonaro, que até rusga internacional já causou quando esteve em Taiwan.

Ninguém reconhece a liderança do “mico”, um candidato sem legado. Pesa contra ele, ainda, o fato de bater palmas para milicos, torturadores e da defesa a ferro e fogo da Ditadura. Não entende nada de nada e sobre nada, e terceiriza suas responsabilidades. Nem discursar consegue. Uma vergonha! Economia e Saúde, ele já deu vexame publicamente. Uma lástima! O mínimo que se espera de um candidato à Presidência da República Federativa do Brasil é que se tenha clareza na explanação de suas propostas, explicando o básico do básico, seja lá qual for a área. Já imaginou no debate entre os candidatos? Para responder a uma pergunta de Economia, chamará o Paulo Guedes, indicado a ser seu Ministro da Fazenda?

Vejo o Jairzinho como uma das grandes piadas das eleições 2018, como foi Levy Fidelix, em 2014.

Os bolsominions que estão cantando vitória antes da hora baseiam-se no que veem no Facebook e se esquecem que a campanha nem começou. Muitas peças do tabuleiro do Poder ainda irão se movimentar. Fiquemos de olho em Geraldo Alckmin! Guardadas as devidas proporções, peguemos como exemplo a campanha de 2016, em São Paulo: João Dória começou a corrida à Prefeitura com 3% das intenções de voto e Russomanno com 25%. Já sabem quem ganhou, né?

Política se faz com diálogo! Na política é assim: errar e acertar; errar e acertar. Não podemos votar sempre nos mesmos que estão no Poder há séculos; não podemos reeleger ninguém, e temos de olhar para a alternância do Poder. Mas agora, detonar a Democracia, como pretende o Bolsonaro, aí não. Temos de dialogar com todos os partidos e absorver os melhores quadros de cada um deles, como tem feito Marina Silva.

Para os bolsominions, só existe Bolsonaro! Tirem seus cabrestos, saiam da bolha do discurso barato desse Salvador da Pátria, com cheirinho de Collor, misturado com Figueiredo e pitadas de Malafaia. Ele não é apenas um candidato medíocre, ele é um ser humano medíocre, fraco, ignorante, isolacionista por natureza, destemperado, pavio curto, usurpador do dinheiro público, uma vez que não deixa legado algum como político, não trouxe nada de positivo ao País em três décadas como legislador; não respeita as mulheres e minorias; governará apenas para seu umbigo; defende gente da pior laia, como os torturadores do período ditatorial; não sabe discursar de forma clara – quem o entende?

 E pessoas medíocres votam em candidatos medíocres, porque têm o mesmo perfil.

O que eu acho engraçado é: como os eleitores do “mico” têm tanta certeza de que o candidato será eleito? Cuidado com o salto XV. Não cantem vitória antes da hora, mas, repito: é melhor Jair se despedindo do “mico”.


Se me derem um bom argumento pra votar no Bolsonaro, voto nele. Se me der um bom argumento contrário à Marina Silva, deixo de votar nela e procuro outro candidato, afinal, há mais de 20 deles por aí para eu escolher, não é mesmo?


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25 de outubro de 2012

Serra e Haddad? Preciso anular meu voto!

Após as surpresas do primeiro turno das eleições 2012, em São Paulo, quando o “já ganhou” Celso Russomanno foi eliminado da disputa, vem aí o segundo turno com dois candidatos fraquíssimos que não empolgam o eleitorado. A Cidade pode mais e poderia ter rompido com o status quo, buscando uma renovação, o novo de verdade. Infelizmente, nenhum dos dois postulantes - José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT) - fará um governo forte, com mudanças essenciais das quais nós, cidadãos-eleitores, gostaríamos de vivenciar.

Eu não me vejo representado nem por Serra, muito menos por Haddad. Não me identifico com nenhum dos dois nem com suas propostas mirabolantes. E isso é ruim? Não! Sabe por quê? Porque há, ainda, uma forma de contestar o que aí está: anulando o voto. É vergonhoso e triste dizer isso, mas anular o voto é o que de mais sensato me compete fazer.O tucano e o petista podem até não ter bom senso, escrúpulos, decência, ética, compromisso com os paulistanos e com a "causa pública", mas eu, como eleitor, tenho. E é por essa razão que PRECISO ANULAR MEU VOTO. De todas as eleições que participei, nunca me ocorreu de não ter um candidato, contudo, dessa vez, minha consciência grita para agir assim.

Cansei de ver o Serra como o "menos pior" a ser votado num segundo turno. Sim, porque foi isso que ocorreu em 2010, quando o digníssimo se candidatou à Presidência da República. Agora, mais uma vez num second round eleitoral, ele não será eleito... ou melhor, a parti de agora, não se elege nem para síndico de condomínio da CDHU. O meu pensamento para essa hecatombe tucana explica-se na fala do vereador eleito Mário Covas Neto: "o PSDB perdeu a oportunidade de lançar um nome novo para São Paulo". Perdeu mesmo. O Bruno Covas era um dos pré-candidatos que poderia emplacar uma liderança boa e uma briga "bonita" de se ver entre Haddad, Chalita e Russomanno, logo no primeiro turno. Mas optou-se por mais do mesmo. Isso não é estratégia ruim, beira à burrice política e os peessedebistas terão de engolir o PT, de novo, caso no próximo domingo Fernando Haddad seja eleito prefeito.

Se o PT sair vitorioso, a máxima "o crime não compensa" cairá por terra, uma vez que, a população paulistana fará vistas grossas ao "mensalão", perdoando o Partido dos Trabalhadores. Ou seja, esquecendo-se da gravidade do grande esquema de corrupção do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e votando no Haddad.

Ora, ora, ora...o crime compensa: Lula foi reeleito em 2006, um ano depois da eclosão do mensalão; na sequência, conseguiu fazer sua sucessora, Dilma Rousseff, e, agora, conseguirá fazer o Fernando, prefeito da maior cidade do Brasil, do "maior cofre" brasileiro. Nunca antes na história desse País, compensou tanto cometer um crime. 

Agora, uma observação: renovação política em São Paulo? Balela! É o antigo e o velho, com roupa nova. A única renovação que começa a nascer em São Paulo é a da Câmara Municipal: muitos dinossauros políticos foram extintos, como, por exemplo, Wadih Mutran. Já vai tarde.

Engulamos o PT versus PSDB, mais uma vez. Parece-me que os paulistanos estão tão condicionados e adestrados com os números 13 e 45 na cabeça, que só sabem apertar um desses dois números na urna eletrônica. Poxa, Sampa... acorde!

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7 de março de 2012

"Serra, outra vez? Nem de brincadeira!"

Dos pré-candidatos que ja estão por aí em disputa velada, aguardando o momento da oficialização de suas respectivas candidaturas, não me interessei por nenhum e não sei responder em quem votaria, no dia 07 de outubro. No entanto, aponto, com certeza, quem não merece a nossa aprovação, confiança e, principalmente, o nosso voto: José Serra.

Quando li a notícia de que o tucano se propôs a participar das prévias do PSDB, colocando-se à disposição do partido para sair como candidato à Prefeitura de São Paulo, desacreditei de sua postura de homem público sério, competente e compromissado com os interesses da população. Tais características vêm sendo desgastadas há tempos, de eleição em eleição, e sua verdadeira roupagem emerge, principalmente agora, diante de nós: a de um politicozinho, como outro qualquer, cujas ambições e interesses pessoais se sobrepõem aos anseios e expectativas da população.

Serra nunca esteve, não está e nem estará comprometido com a cidade de São Paulo. Não nos esqueçamos de sua desistência, quando foi eleito Prefeito, em 2004 e se elegeu Governador de São Paulo em 2006. O famoso e inesquecível trampolim! Ou seja, neste ano, ele quer apenas destaque, foco, holofotes, câmeras e microfones ao seu redor, para que possa erguer o seu palanque presidencial. Sim, porque o tucano quer mesmo é a Presidência da República e desbancar o PT e sua trupe do poder. Sonho adormecido? Conte outra estorinha, Zé, porque essa aí não nos convence jamais.

Outro porém ronda o nossa realidade, para analisarmos a situação política atual.

O episódio da repentina decisão do Serra, após ter dito diversas vezes que não sairia candidato à Prefeitura de São Paulo, me fez lembrar o que um dirigente do PT disse sobre a candidatura de Lula em 2014: o ex-presidente só será candidato, caso seja constatado que a Dilma não tenha forças para se reeleger. Aí entraria o Lula na disputa, a fim de garantir a perpetuação do PT no poder.

Tal relato nos remete à situação aqui em São Paulo, hoje. Todos nós sabemos que o PSDB é predominante no Estado e na Capital paulista. Neste ano, há uma ameaça ao poderio peessedebista, seja por causa do fator Chalita-PMDB, seja por Haddad-PT, mas existe uma ameça à espreita. Sendo assim, o PSDB se utiliza da mesma artimanha do PT: usar o seu coringa José Serra, para garantir a sua perpetuação no poder. Afinal, lá se vão mais de 16 anos de história. Perder essa "boquinha" - que de "inha" não tem nada - para o tucanato corresponde a suicídio eleitoral.

Mas São Paulo quer, merece e buscará, em outubro, renovação política e, infelizmente, José Serra não sairá vitorioso dessa disputa, pois, se eleito, representará a estagnação e a mesmice na Capital; Serra será o porta-voz do retrocesso político e um aceite, por parte dos paulistanos, do que de pior há nas práticas políticas: mentiras e jogos do poder - ou jogos de influências, se preferir -. O tucano mostrará o seu desleixo para conosco, uma vez que - repito - seu interesse não é o de cuidar da cidade e melhor nos representar, mas sim, o de cuidar dos interesses partidários e, acima de tudo, das suas ambições pessoais.

Em carta aberta encaminhada ao diretório municipal do PSDB, em que que se dispõe a concorrer à Prefeitura, Serra diz que, para ele, "[...]a política não é uma atividade privada, objeto apenas da vontade e do desejo pessoal, ou fruto de ambição íntima. Encaro a política como atividade pública e coletiva, com propósitos determinados, destinada à promoção do bem comum e à melhoria das condições de vida de toda a coletividade". Então, por que não completou o seu primeiro mandato, em 2004? Ele ainda completa, apontando que aprendeu a "[...]reconhecer que o interesse coletivo se sobrepõe, sempre, aos planos pessoais daqueles que abraçaram de fato a causa pública." Mentira! O interesse coletivo, em 2004, era o de você, Serra, permanecer como Prefeito até o final do mandato e isso não ocorreu, mesmo tendo assinado um documento em cartório. E agora quer testar a confiança do povo paulistano, de novo?

Serra, pra mim, eleitor paulistano, não é uma opção confiável. E olha que eu votei no cara, em 2010, para a Presidência, no segundo turno das eleições, hein!? Todavia, mantenho a minha opinião e a repito, para que você, caro leitor, também repense se vale a pena desperdiçar o seu voto no Serra, mais uma vez, e, ainda, para a Prefeitura de São Paulo: José Serra não é uma opção confiável em 2012.

O interesse do Serra não está na Prefeitura; ele pouco se importa com a cidade. Ele quer, como já disse, a Presidência. Veja o que ele diz na carta ao PSDB, quando comenta como será a eleição na maior cidade do País: "Uma disputa entre duas visões distintas de Brasil[...]". Discuta São Paulo e seus problemas, Serra. Não use a eleição aqui, como revanchismo de 2010. Primeiramente, debata a Capital e não o seu projeto nacional.

Gostaria, de verdade, que o (pré)candidato em questão não desistisse do seu sonho e tentasse, mais uma vez, concorrer à Presidência da República, em 2014, só que, por favor, sem usar da Prefeitura de São Paulo como mecanismo para a realização de tal projeto político-pessoal.

Sugestão de jingle requentado:
"Toc, toc, toc / bate na madeira / Serra outra vez / nem de brincadeira"

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12 de março de 2011

2014 já começou!

Nestes últimos dias, o que se ouve e lê na "grande" imprensa é que o prefeito da cidade de São Paulo, Gilberto Kassab, deixará o seu atual partido DEM (Democratas), para fundar outro, o PDB (Partido da Democracia Brasileira). Tal ação política - sem preocupação ética, ideológica, apenas visando o poder pelo poder - ainda não foi formalmente realizada. Só está no campo das ideias, contida na cabecinha do Kassab, que, até o momento, não sabe o que fazer. E se o Kassab sabe, está procurando apenas os meios legais e indicações do seu padrinho político, José Serra, para dar o seu pontapé inicial.

A briga pelo poder é tão...como eu posso dizer?...é tão, tão...nojenta, não é verdade? Veja o que um "político-marionete", como o prefeito da maior cidade do Brasil, faz para não largar o PODER.

Eu sei, prefeito. É difícil abrir mão da caneta. Toda a manobra é em busca da projeção para sua permanência no poder. Ainda não sabemos se a ação agradará a gregos ou a troianos. Na esfera nacional, entenda-se por gregos, oposição e, troianos, governo federal. Ou ainda, agradar a Serra.

A ideia de que, com o PDB, criar-se-á um partido de princípios, ideologicamente correto e blablablá é tudo mentira. Tudo faz parte de um grande trampolim que pretende içar Kassab, Serra e aliados para 2014, ganhando impulsos fortes em 2012.

Lá na frente, quem terá de enfrentar o prefeito, mais uma vez, é o governador Geraldo Alckmin, que tentará a reeleição. Nada mais justo Kassab querer cercear os poderes do tucanato paulista, agora, para não ter de encarar gigantes daqui a 2 e 3 anos.

Em 2008, por manobras sombrias encabeçadas por José Serra, Alckmin amargou uma derrota para Kassab, em disputa pela prefeitura de São Paulo. O atual governador foi relegado às traças pelo próprio partido. Será que Serra também está nos bastidores, agora, armando para o seu "amigo" Alckmin, em conluio a Kassab, de novo? Não há dúvidas! O ex-candidato à presidência tentará de todas as formas manter o seu poderio em São Paulo para concorrer a presidência em 2014. Para isso, nada mais justo do que trabalhar como ventríloquo, cuja marionete já se sabe quem é.

Serra não quer a prefeitura, muito menos o governo estadual. Ele quer estar no Palácio do Planalto. Ou melhor, disputar a cadeira ocupada por Dilma Rousseff. E sabe que sua situação é delicada no PSDB, por existir um Aécio Neves. Aliar-se a Kassab é uma forma de manter-se na jogada, porque de certa forma, a iniciativa do prefeito pressiona as forças políticas municipais, estaduais e federais, assustando o PSDB.

Se o PDB for mesmo criado e Serra não conseguir espaço no PSDB, há chances de ele se projetar na nova facção e disputar a presidência em 2014, enfrentando, inclusive, o virgem Aécio. Kassab entraria em sintonia com o governo federal, aproveitaria parcerias e programas oficiais e, em 2014, se alinharia com José Serra.

A briga pelo poder em 2014 começou.


Essa história de 3ª via em São Paulo, em que haverá outro partido forte disputando eleições, juntamente a PSDB e PT, ocorrerá apenas se José Serra não conseguir um compromisso, agora, em disputar a presidência pelo PSDB, mais uma vez. Se por ventura, não houver esse acordo, - o que é mais provável - o PDB sairá do papel e fundir-se-á a outro partido, fazendo Gilberto Kassab candidato ao governo de São Paulo e Serra a presidente.

O jogo está bem positivo a Kassab, que deve se movimentar, sim, nas próximas semanas em torno do PDB. O grande pavor do PSDB é se o prefeito virar a casaca e mergulhar de mãos dadas com o PT, e/ou com sua base aliada, sem beijar o projeto nacional com Dilma. Há a possibilidade do hibridismo nessa 3ª via política no estado, a estilo da chapa formada por PSDB e PMDB em 2010, aqui em São Paulo.

Aí, sim, trema PSDB! Ainda mais tendo a possibilidade de um José Serra na chapa. Aécio Neves e Geraldo Alckmin disputariam com José Serra e Gilberto Kassab. A grande questão é: Kassab e Serra teriam votos suficientes para levar, respectivamente, o governo de São Paulo e presidência? Acho que não. O povo diria não a esse disparate político. Mas, como se sabe, na política tuuuudo pode acontecer.

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23 de julho de 2017

De que lado você está?

Abaixo, a transcrição de um bate-papo acalorado entre duas pessoas com visões políticas distintas. Esse "debate" ocorreu após a postagem de uma foto da ex-candidata à Presidência, Marina Silva, em minha conta particular no Instagram (@fepiovezam), em cuja publicação, eu, Seu Anônimo, a defendia e a enaltecia como sendo a única presidenciável que saíra ilesa da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.


Analise a conversa, um tanto quanto civilizada, e tome partido! Afinal, de que lado você está?
Legenda do post publicado em 14 de abril de 2017: "Em terra de corrupto, quem é honesto é rei, ou rainha, ou pode até vir a ser presidente. Veja a serenidade de quem não foi delatada nenhuma vez. Por enquanto, @_marinasilva_ continua sendo a melhor opção. Não se trata de ter um político de estimação, mas sim de votar embasado em coerência, ética e honestidade. Posso queimar minha mão lá na frente, contudo, por ora, ela continua a ser a melhor opção."


Algumas horas e curtidas depois, eis que recebo o primeiro dos 42 comentários de um dos meus seguidores:


Fulano: Ela está envolvida em esquema de corrupção no Nordeste, em conjunto com o ex-candidato à Presidência da República, Eduardo Campos. Sem contar que basta o Malafaia dar um comando, que a cadela vem treinada e muda a plataforma política. Bom cão obedece ao dono que paga comida e ajuda a eleger. Ela é covarde e corrupta. Só não está na Lava Jato! Mudou de opinião sobre LGBTs por conta da religião. Não me representa e não ganha meu voto! Por favor, coerência? Que discurso e posicionamento políticos medíocres os dela. Quem muda de opinião em função de tweet é maleável, sem opinião própria e apenas desejoso de Poder.

Seu Anônimo (Fernando Piovezam): Fulano, desconheço o que disse. São rumores, delações ou investigações em andamento? Ela continua, até que se prove o contrário oficialmente, a melhor opção como candidata à Presidência. Há de se levar em consideração o conturbado processo eleitoral em que Marina Silva esteve envolvida, em 2014. Praticamente ela teve de liderar uma campanha política no meio do caminho, com pouco tempo para tal. Não estou defendendo a Marina, apenas estou indicando os possíveis motivos para ela ter mudado o programa. A ex-candidata teve de jogar politicamente para poder se manter na corrida ao Planalto.

Marina Silva não mudou de opinião, simplesmente manteve a opinião no programa eleitoral. Ela não é favorável ao casamento LGBT e sempre disse disse isso. A Marina é contra, mas se coloca à frente pelos direitos civis igualitários. Ela consegue fazer o que poucos políticos fazem: separar as opiniões pessoais, de foro íntimo e religioso, das de uma figura pública, política e representante do povo. Ela levanta a bandeira da realização de referendos para questões polêmicas, como o casamento gay, para que os brasileiros se decidam acerca do que é melhor à sociedade brasileira.

Fulano: É uma investigação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, no estado onde o Eduardo Campos era radicado. Ela recebeu mais de 01 milhão e meio de reais em propina. O jogo político é parte da vida pública e política. Isso não nego, mas, nesse jogo, escolhas são feitas, e ela escolheu o tweet do Silas Malafaia, além de receber caixa dois de campanha. Pra mim, bastava a ligação com o pastor. A religião dela é perigosa. Se ela anda com ele, eu vomito em cima. Não podemos nos esquecer que ele é investigado por desvio de dinheiro e sonegação.

Seu Anônimo (Fernando Piovezam): Fulano, "covarde, corrupta e cadela" não são predicados polidos e base para discursos racionais no intuito de se chegar a um consenso político. Racionalidade e decoro, por gentileza! Só ouvi verdades nos discursos de Marina Silva e, por enquanto, ela continua a me representar, mesmo sendo contrária a alguns posicionamentos do Movimento LGBT, do qual tenho muito respeito e admiração.

Fulano: Ela mudou o programa! Foi uma repercussão brutal nas eleições de 2014. E sim, ela é a favor dos direitos civis. Isso é necessário mínimo numa Democracia, senão ela seria mais um Bolsonaro, ou um Trump. Se você reparou em meu argumento, cadela se refere ao processo de condicionamento de animais de estimação. E eu acho isso dela: um fantoche humano, um cão humano do Silas Malafaia e de uma plataforma política de fachada, pois a visão ecológica e sustentável dela é bem fraca. Covarde, sim! Predicado de uma análise minha fundamentada na história político-ideológica de Marina. O discurso dela é bem pensado, por isso tem aspecto de verdade.

Seu Anônimo (Fernando Piovezam): Fulano, se há processo ou não, deixe estar e a verdade aparecerá, bem como a Justiça será feita. Acho que você está muita radical frente ao posicionamento de Marina Silva. Mas okay, concordo contigo quando diz que ela se unir ao Malafaia e companhia limitada não é muito positivo, mas isso também não está muito bem confirmado, e especulações são sempre levantadas em períodos eleitorais. Aliás, é bom lembrar e constar que faz parte do processo político-eleitoral aliar-se a diversas instâncias e forças da sociedade. Enfim, todavia, ela já deixou muito clara a divisão entre a Marina-Cidadã-Religiosa e a Marina-Política-Ativista-Líder. Preste atenção nessa última postura dela.

Fulano: Admiro isso em você. Eu sempre fui radical. E desculpe não separar religião de política. Tanto que há bancadas religiosas em todos os parlamentos de países mais cristãos, como o Brasil e os Estados Unidos da América. A religião é um colégio eleitoral e as negociações com os princípios religiosos são parte do jogo para a cadeira da Presidência. Se você apoiar "viado", a Igreja não vai votar. Infelizmente é assim.

Seu Anônimo (Fernando Piovezam): Sim, ela mudou o programa. Como disse, um programa e um processo eleitorais que ela teve de liderar, dirigir, no meio do caminho. Vamos nos lembrar de que ela, praticamente, precisou recomeçar um jogo, processo eleitoral. Ela teve de se aliar ao Eduardo Campos, porque tesouraram, propositalmente, sua participação em 2014, impedindo a criação de seu partido, Rede Sustentabilidade. O programa eleitoral e político, era do Eduardo e do PSB. Quando o pessebista foi assassinado, ela continuou um jogo que não era bem o dela. Ou seja, uma ruptura drástica e brusca. E que bom que o discurso dela é bem pensado. Que bom! O da Dilma Rousseff nem conseguíamos compreender e ela ganhou a eleição. Vai entender, né?

Fulano: Olha, eu odeio o PT. Mas a Dilma deu um show em Harvard. E de universidades, eu entendo, afinal, sou professor de uma.

Seu Anônimo (Fernando Piovezam): Enfim, não estou querendo fazê-lo mudar de opinião, ou indicar que Marina Silva será a salvadora da Pátria em 2018. Só digo que, desde 2010, quando ela se candidatou pela primeira vez, até agora, Marina continua sendo a Marina: uma líder conhecida, reconhecida e respeitadíssima internacionalmente; possuidora de uma biografia que poucos políticos brasileiros possuem; e propagadora de uma ideologia em rede, agregadora, disseminando que é possível, sim, agir na política unificando visões e ações diferentes.

Fulano: Para alguém dar show em uma universidade, esse alguém tem que ser bom. Talvez a Dilma não seja popular e tenha deslizes, mas ruim ela não é. E se você não entendia o que ela falava, como distingue as políticas de sustentabilidade de Marina Silva? Ela usa argumentos bem feitos, mas argumentos que são danosos à política de sustentabilidade. Marina usa maquiagem no discurso bem feito dela. Igual ao Aécio Neves, que trafica pó. Que bom que gosta dela. Isso mostra o abismo ideológico que existe entre nós. Aquilo que você defende, eu quero o fim de uma vez por todas. Afinal, a Marina é corrupta, já foi citada em esquemas e investigada.

Quanto à minha opinião, eu não vou mudar. Eu votei na Luciana Genro (PSOL), que foi a única a propor taxação das grandes fortunas. Marina não debateu essa questão econômica da reforma tributária. Isso afeta nossa vida. Uma taxação de grandes fortunas não teria deixado chegarmos onde chegamos.

Seu Anônimo (Fernando Piovezam): Sim, sei bem sobre as bancadas religiosas, da bala, gay etc. Ainda bem que elas existem, não é mesmo? Isso é fundamental para uma democracia sadia. Agora, sei também que há políticos que pensam diferente da bancada e até mesmo diferente do partido em que estão filiados e inseridos no processo político, e, mesmo assim, prosseguem com suas políticas e ideologias.

Uma pena Dilma Rousseff não ter dado um show no Brasil e para o Brasil. Por aqui, só vergonha.

E realmente, há um abismo gigantesco entre nós. Luciana Genro e seu discurso ultraesquerdista? Não compactuo com radicalismos. E convenhamos que a defesa do Socialismo está bem obsoleta.

Fulano: Desculpe, em teoria política, um dos tópicos mais abordados pelos cientistas é a doença que as bancadas religiosas trazem para a política. Não é saudável! Maquiavel já falava isso na Itália renascentista. Religião impede o desenvolvimento de política para o povo; impede a entrega de direitos a TODOS OS CIDADÃOS.

Meu caro, se você acha mesmo que está obsoleto o debate sobre Socialismo, então já percebi que diálogo contigo não rola mais. O Socialismo nunca esteve tão presente. Coreia do Norte e Estados Unidos da América estão juntando forças para a guerra, neste momento. E não me reduza a uma categoria socialista porque votei no PSOL. Eu nunca fui socialista. Não acredito em utopias, embora seja um pouco idealista. Votei na Luciana Genro, pois foi a única a levar o debate tributário, que é extremamente necessário ao Capitalismo. Basta ver a Europa e suas políticas tributárias. Aqui, no Brasil, esse discurso que você tacha de ultraesquerdista, é o único que pensa a realidade brasileira tal como países de primeiro mundo: Alemanha, França, Holanda e os países nórdicos. Essa ideia de que por votar num candidato de esquerda faz com que eu seja socialista é bem coisa de quem só vê a Globo. Eu não acho que esse é o seu caso, mas se for, leia os jornais europeus. Veja as políticas tributárias da Europa e suas consequências à sociedade e à economia da nação. Isto é histórico! Podemos aprender com quem acertou.

Seu Anônimo (Fernando Piovezam): Só quis dizer que não compactuo com radicalismos, sejam eles políticos ou não. Luciana Genro, pra mim, levanta uma bandeira radical; tem discurso radical; e quer uma revolução. Ela quer chutar a mesa. Ou seja, radicalizar, mudar totalmente da água pro vinho. Isso, a meu ver, não é correto. Há de se ter diálogo com TODAS AS PARTES, inclusive com aquelas que discordam de nós, sem o qual não há democracia. E desculpe-me se você se ofendeu com meu argumento, Não quis rotulá-lo socialista. Aliás, nem comentei isso. Radicais jamais me representarão.

Fulano: Marina Silva foi citada e delatada na Lava Jato, sim. Saiu na Folha de S. Paulo. Radicais jamais te representarão, mas ladrões e corruptos, como Marina, te representam, né? Esquema de corrupção, operação turbulência, esquema de propina na Operação Lava Jato... Essa mulher é quem você escolheu te representar: uma ladra do povo? Na boa, prefiro discurso ultraesquerdista da Luciana Genro. Ao menos ela está limpa.

Seu Anônimo (Fernando Piovezam): Fulano, ultraesquerdistas jamais me representarão. Cada qual com suas visões e preferências. Aguardemos as investigações e esclarecimentos dos fatos. Boa sorte com sua representante! Que ela tenha forças pra lutar e chegar, algum dia, ao segundo turno de alguma eleição presidencial.

Fulano: Que bom! Isso é muito interessante saber. Eles não representam, mas alguém delatado em duas operações, sim. Triste, mas compreensível.

Seu Anônimo (Fernando Piovezam): Aguardemos as investigações e esclarecimentos dos fatos e condenações. A Justiça saberá separar o joio do trigo. Vejamos!

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13 de dezembro de 2015

Precisamos falar sobre o impeachment

É nítido o desespero da presidente Dilma Rousseff. Passam-se os dias e, cada vez mais, o governo demonstra o quão fragilizado está e impotente de agir. Oras, quem não deve não teme um processo, porque sabe que, ao final, será absolvido. Será? Espero, sinceramente, que sim. Não é hora de apontar o dedo na cara de ninguém; é tempo de enfrentar QUAISQUER desafios de cabeça erguida e seguir, custe o que custar.

Dilma está firme e de cabeça erguida? Não é o que me parece. Ela está completamente fragilizada, por um fio, em sobrevida. Deixemos o processo de impedimento ocorrer para o Brasil respirar. Se a presidente for inocente, como alardeiam por aí os militantes de cabresto, ela permanecerá sangrando até 31 de dezembro de 2018. Caso contrário, dê lugar à prostituta da política nacional: PMDB, que, aliás, será o próximo a ser defenestrado, haja vista o processo no TSE. Esperemos para ver o desfecho desse lamaçal em que todos nós, brasileiros, estamos atolados, infelizmente,

A criatura nunca soube fazer política como seu criador, mestre e guru, Luiz Inácio Lula da Silva. Hoje, colhe o que plantou lá em 2010. Acho que nem o Lula soube fazer uma política de verdade, pura em sua essência, porque, a meu ver, sobreviveu os dois mandatos à custa de politicagem, negociatas, acordões, cessão a chantagens e à política do toma-lá-dá-cá.

Os que defendem a presidente, dizendo que há um golpe sendo gestado e estamos num terceiro turno, acham que os mais de 50 milhões de eleitores que votaram contra a chapa Dilma-Temer, em 2014, ainda não aceitaram o resultado das eleições. Mentira! É claro que acatamos. A discussão agora é outra e trata-se de incompetência administrativa e política, mentiras e irresponsabilidades na condução do País.

A incoerência da militância petista e daqueles que se dizem e defendem uma “pseudo-esquerda”, utopia inútil há muito tempo, é não perceber a incompetência da gestão Dilma, que quase não conseguiu o segundo mandato. Incoerência é achar que tudo está bem e que a presidente tem o controle e o governo nas mãos. Vamos acordar para a realidade?

O Brasil quer um discurso verdadeiro, o fim da mediocridade imposta pelos tucanos e prolongada com os petistas. Queremos um discurso verdadeiro com foco no Brasil, com conexões diversas, com a união de pessoas do bem, como tem propagado Marina Silva e sua Rede. Mas, infelizmente, o que se vê é uma população adestrada para votar sempre nos mesmos 13 e 45, de eleição em eleição. Chega! O Brasil comeu e não gostou de ambos. Agora é a hora de mudar, mas mudar verdadeiramente, com sede de moralidade.

É possível melhorar a situação atual do nosso amado País. Por essa razão, estamos debatendo diversas possibilidades, inclusive, o impeachment, que é legal e constitucional. Não podemos aceitar o ruim com ela, pior sem ela. A presidente é a Chefe do Executivo e está sendo governada. O Governo está totalmente terceirizado, vendido e é moralmente duvidoso e construído em mentiras.

Tapar os olhos para não ver essa realidade é ingenuidade. As pedaladas ocorreram, sim, e são medidas ilegais. Dizer que os governos anteriores também as fizeram não é razão e em nada beneficia o governo. Os fins NÃO justificam os meios utilizados, presidente. Boa sorte no processo.


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25 de dezembro de 2012

Mensagem natalina da futura presidente

A nossa futura presidente, Marina Silva, que obteve quase 20 milhões de votos no primeiro turno das eleições de 2010, e que será candidata, mais uma vez, em 2014, escreveu o artigo abaixo no portal da Folha de S. Paulo, dia 21 de dezembro. 

Após a leitura, responda: há como não votar em Marina Silva?

Feliz Natal e um excelente 2013!

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"A criança entre nós"

Meu Natal mais triste foi há 24 anos. Estava muito doente, buscando tratamento em São Paulo, sentindo-me além dos limites da fraqueza, e, quando o telefone tocou, pressenti que a notícia era do assassinato de meu amigo Chico Mendes. Só mesmo a fé na vida faz com que a gente siga adiante e supere os dias difíceis. Desde o meio das matas até a periferia das cidades, vejo os brasileiros enfrentando intempéries seguros só na imensa capacidade que têm de acreditar. 

Nesta semana, revi Xapuri, num encontro com jovens ao qual também vieram velhos companheiros, sobreviventes de antigas batalhas. Fizemos um diálogo intergeracional, os jovens falando com música e teatro, nós, com nossas histórias. Quando o coral cantou "Noite Feliz", imaginei que tínhamos, agora, o bom Natal que nos foi negado há 24 anos. 

Essas comemorações cíclicas se dão em torno de um princípio cujo benefício se estende no tempo, uma fonte à qual precisamos sempre voltar para renovar as forças e não perder o sentido. O Natal é fonte de um sentido que às vezes julgamos perdido, quando a morte dos inocentes nos horroriza e nos empurra para a tristeza. Por isso, seu simbolismo é ainda mais necessário. 

Também os novos eventos (alguns já se tornam cíclicos) que fazem nascer e renascer o sonho da sustentabilidade buscam impregnar sentido à vida em uma civilização à beira da morte. Hoje, fala-se outra vez no fim do mundo e as catástrofes são cada vez mais frequentes. Há quem diga que a crise global não será superada e resultará no colapso dos novos impérios. Em tempos assim, a esperança é uma semente que se carrega com cuidado para que não se perca. 

Que se percam impérios, mas a humanidade renasça. Que se finde o mundo e outro comece. Que apague o fogo do consumo ansioso e acenda a luz de uma simplicidade consciente. A Rio+20 deixou claro que as grandes reuniões marcam, hoje, o fracasso institucional e a ascensão da sociedade civil e seus novos movimentos. Já não temos que ficar lamentando as crises, podemos projetar e engendrar novos experimentos civilizatórios. 

Que a sucessividade da vida, vencendo a constância da morte, nos traga no Natal uma fé poderosa que nos faça superar todos os "fins", retrocessos, desmontes, desconstruções, decadências e corrupções, para nos conectar ao princípio gerador de um futuro significativo e sustentável, pois, como diz Hanna Arendt, "os homens, embora devam morrer, não nasceram para morrer, mas para recomeçar". 

E diz ainda: "Essa fé e essa esperança no mundo talvez nunca tenham sido expressas de modo tão sucinto e glorioso como nas breves palavras com as quais os Evangelhos anunciaram a 'boa-nova': 'Nasceu uma criança entre nós'".

Marina Silva

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